Os gabinetes dos vereadores da cidade de Americana gastaram juntos, em 2011, R$ 87.820,73. A relação das despesas foi divulgada ontem pela Câmara e está disponível no site camara-americana.sp.gov.br. Diferentemente do que aconteceu em 2010, nenhum vereador ultrapassou o limite de gastos, que foi ampliado no ano passado de R$ 9.450 para R$ 12.285. O vereador Marco Antonio Alves Jorge (PDT) foi o campeão de gastos em 2011, com uma despesa de R$ 11.946,07 no ano.
Se o limite de gastos não tivesse sido ampliado em 30%, além de Alves Jorge, dois integrantes da Mesa Diretora da Casa, Paulo Sérgio Vieira Neves (PSC) e Luiz Antonio Crivelari (PSD), teriam ultrapassado o limite. Quando isso ocorre, o vereador tem que devolver o valor excedido aos cofres públicos. Em 2010, Paulo Sérgio teve que devolver R$ 280,38 pelo uso excessivo da verba de gabinete.
As despesas relacionadas referem-se aos gastos com correspondências, fotocópias, impressos e telefone. O que pesou na conta de Alves Jorge foi a conta telefônica, que correspondeu a quase metade do total das despesas. Além disso, em dezembro, o vereador gastou R$ 5.172 com correspondências. Segundo o vereador, foi enviada uma prestação de contas aos munícipes que procuraram os serviços do gabinete ao longo do ano.
“Fizemos um balanço do mandato. O mínimo que a gente tem a fazer é se relacionar com quem nos procura”, afirmou. O vereador voltou a reclamar do valor da tarifa do plano corporativo de telefone da Câmara. Desde o início do mandato, ele reclama que o contrato firmado pela Mesa Diretora resulta em um gasto muito elevado na conta telefônica.
“Seria necessário buscar meios para podermos nos comunicar mais e gastarmos menos”, avaliou. “Hoje a tecnologia está avançada e há outras formas de comunicação mais em conta. A Mesa da Câmara deve analisar isso porque hoje existem planos bem competitivos”. O presidente da Câmara, Antonio Carlos Sacilotto (PSDB), disse que a conta de telefone era alvo de muitas reclamações dos vereadores e essa questão foi considerada para a elevação do limite dos gastos no ano passado.
Fonte: Jornal O Liberal