Americana: Mães de alunos atuam como monitoras em ônibus

Mães de alunos da Casa da Criança Araçari, na Vila Bertini, que residem no bairro Jaguari, em guia Americana, fazem revezamento como monitoras no ônibus escolar que transporta as crianças à unidade de ensino.

Segundo elas, desde o começo do ano letivo as crianças – cujas idades variam entre 2 e 5 anos – não contam com monitoras durante o trajeto.

As mães temem que algo aconteça durante o itinerário, caso realizem o percurso sozinhas.

No início do mês, O Liberal revelou a falta de monitoras para o transporte de crianças para o Jardim Mirandola. A Prefeitura não se manifestou.

“Não havia a mínima possibilidade de concordarmos com que as crianças fossem transportadas sozinhas, somente com o motorista. Sabemos que em alguns bairros isso está acontecendo, mas não dá para deixar crianças de 2 e 3 anos sozinhas no itinerário”, afirmou a dona de casa Denise de Assis, de 32 anos, que tem uma filha de 3 anos que frequenta a casa.

Segundo ela, diante da necessidade, as mães se uniram e começaram o revezamento.





A operadora de máquinas Karina Cristina Pinto da Silva, 32, afirmou que teme pela integridade física das crianças.

“Grande parte delas não consegue nem mesmo colocar o sinto de segurança sozinha. Não podemos correr o risco de uma delas levantar e cair para fora do ônibus. Quem vai responder pela integridade física delas?”, questionou a mãe, que tem um filho de 3 anos que estuda na unidade.

Inconformada

Segundo ela, a Prefeitura prometeu contratar monitoras, mas até agora nenhuma iniciou o trabalho.

Também inconformada com a falta de monitoras no ônibus, a comerciante Vânia Mariana de Souza, de 26 anos, diz que o esforço das mães é muito grande.

São 15 crianças transportadas para a casa, das quais seis mães decidiram ser voluntárias.

“Muitas trabalham e não podem acompanhar as crianças. As outras toparam e cuidam de todas. Temos que fazer o possível”, disse.

Questionada em relação à contratação das profissionais e a situação das crianças matriculadas na unidade, a Administração não se manifestou.

Fonte: Jornal O Liberal





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