Americana: Parte das obras do HM vai ao chão

Sem qualquer tipo de explicação aos contribuintes, a Prefeitura de Americana simplesmente colocou abaixo pelo menos 90% das paredes internas já construídas no primeiro e terceiro pisos do novo prédio do Hospital Municipal Doutor Waldemar Tebaldi. A revelação foi feita por funcionários que atuam na ampliação da unidade de saúde. A reportagem teve acesso à imagens feitas na semana passada e que mostram grande pilhas de tijolos, reboque, estruturas em alumínio, batentes e conduites que foram demolidos pela Administração.

Outra foto mostra também cerca de 150 sacos de argamassa já vencidos em função do tempo em que a obra ficou parada. O material está coberto por uma lona plástica. Já foram investidos mais de R$ 20 milhões na obra, cuja previsão de término é dezembro, segundo nova promessa feita pelo prefeito Diego De Nadai (PSDB).

Levantamento feito junto à lojas de materiais para construção aponta que, entre material e mão-de-obra, o prejuízo pode chegar a cifras milionárias. A Prefeitura não explicou o motivo da demolição nem mesmo à Câmara de Vereadores, cujo principal função é fiscalizar os atos do Executivo. O vereador Marco Antonio Alves Jorge (PDT), que é arquiteto, analisou as imagens obtidas pelo LIBERAL e disse que vai investigar qual foi o motivo da demolição. Segundo ele, a Administração tem que dar uma explicação à população, uma vez que se trata de um desrespeito com o dinheiro público.





“No mínimo, houve algum erro no projeto, que não sabemos qual, para que aconteça uma intervenção dessa magnitude. A Prefeitura tem que explicar o motivo da demolição e o que será feito. Alguns itens podem ser reaproveitados, mas grande parte irá para o lixo. Tudo isso teve um custo alto para a população de Americana”, afirmou o parlamentar, que prometeu protocolar um requerimento pedindo explicações em relação ao caso junto ao Executivo. “Caso seja necessário, vou fazer uma visita na obra para ficar por dentro do que está acontecendo”, argumentou o vereador.

As fotos mostram toneladas de materiais de construção no chão. Em outras, aparecem tratores de pequeno porte realizando a demolição. Em um dos cômodos, dezenas de batentes de portas, retirados durante a intervenção, foram “estocados” pela Prefeitura. As fotos revelam ainda um estoque de cimento fabricado em dezembro de 2011, cuja validade terminou em dezembro do ano passado. Pelo valor de mercado, o prejuízo só com o cimento foi da ordem de R$ 4 mil. A reportagem questionou a Administração, por meio de sua assessoria de imprensa, em relação ao motivo da demolição e também sobre os produtos vencidos, mas não obteve retorno.

Fonte: Jornal O Liberal





1 resposta

  1. Roland Indriksons Jr. 24 de julho de 2013

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